quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Sobre ética, moral e direito – a vida em sociedade e o animal que somos.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
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(des)Encontros
Parou na varanda da sala e olhou para o horizonte que se enfeitava com mil cores. Não era a primeira, nem a ultima vez que via um pôr-do-sol, mas aquele tinha um significado especial: hoje era o último dia, de todos os dias, de sua velha vida. Tinha planejado esse momento durante algum tempo e hoje finalmente o estava colocando em prática. Não ia se matar, nem trocar de identidade ou mesmo fazer qualquer espécie de loucura, mas amanhã, quando o sol estivesse nascendo, seria outra pessoa, em outro lugar – tudo novo. Ficou ali até o ultimo contorno avermelhado do sol se esconder no horizonte e foi uma brisa gelada que a fez retornar a realidade: - vamos lá, hora de tomar as últimas providências – disse para si mesma.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
A revolução das cores
sábado, 16 de outubro de 2010
confissões de um capricorniano
domingo, 10 de outubro de 2010
Política
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Preconceito, blog, Bruna Surfistinha e outras histórias.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
sobre sexo, religião e outras coisas...
Primeiro, como não poderia deixar de dizer, sexo ainda é um enorme tabu em nossa sociedade. Afirmar isso é clichê? – é sim... mas é a mais pura verdade. Mesmo hoje, como toda tecnologia e acesso à informação, ainda nos comportamos em relação ao sexo como garotinhas da idade média, cheias de pavor e pudor. As religiões e os costumes sociais conseguiram realmente transformar um momento tão divertido em algo sujo, que deve ser evitado, procrastinado, em alguns casos ate mesmo considerado imoral ou ilegal (dependendo da forma como praticado).
As religiões, em sua maioria, trazem ensinamentos em que o prazer é considerado um mal. Ensinam que devemos passar toda a vida em constrição e expiação porque temos um pecado original e eterno a nos condenar. Nós não cometemos esse pecado, mas devemos pagar por ele, vivendo sob o jugo de pesadas leis morais e, ao final, quem sabe um dia ganhemos a vida eterna e ai poderemos, quem sabe também, viver felizes e em paz. Pura especulação, pura teoria, puro “blá-blá-blá”.
O que eu sei é que somos humanos e, independente de qual religião você segue, ou que crença você tenha, pare e reflita: - haverá algum tipo de vida depois dessa? - Se você tiver um mínimo de incerteza ao responder essa pergunta, então você sabe do que eu estou falando. Se não sabe ainda, aqui eu explico: eu estou falando de aproveitar essa vida da melhor forma possível e transar está incluído nesse proveito.
Não estou aqui fazendo criticas vazias às religiões. Sou católico, acredito em Deus. Só não acredito nesse Deus malvado e vingativo que a igreja prega – um Deus ilógico. Deus é, pra mim, acima de tudo lógico e racional. Dessa forma, reflitam junto comigo novamente: somos uma das poucas espécies animais que fazem sexo por prazer e não somente para fins reprodutivos – então, se Deus nos fez assim, por que desperdiçar esse dom que ele nos deu? Duvido muito que ele nos tenha dado essa capacidade e ela deva ser desperdiçada somente por convenções morais.
Por outro lado, também não prego uma busca desenfreada pelo prazer. Nem toda forma de prazer é valida e essa regra vale tanto para o sexo quanto para tudo na vida. Prazer, seja ele sexual ou o que for, deve ser algo que nos traga algum bem, mas que também não nos destrua junto, ou destrua o próximo. Por isso excluo daqui o uso de drogas e todos os tipos de perversões sexuais.
Voltando ao tema central do texto, algumas pessoas têm a mania de ligar o sexo ao amor, são as que batem no peito e dizem que não fazem sexo só por fazer, que é preciso haver um algo mais. Para mim, são duas coisas bem diferentes. Concordo que em partes eles possuem alguma ligação, mas só em parte. Concordo também que transar dentro de uma relação, ou gostando de alguém tem todo um significado especial. Porém há pessoas que eu amo profundamente, as quero ao meu lado para todo o sempre, mas não possuo nenhum desejo sexual por elas e, por outro lado, há pessoas que não tenho sentimento algum, mas que só de ver já bate um tesão enorme. Por isso sou um defensor do sexo casual... Acredito no amor, nos relacionamentos, na monogamia, mas também acredito no sexo sem compromisso, nas “rapidinhas” por ai.
Enfim, poderia passar um dia todo escrevendo sobre esse tema e eu não conseguiria esgotá-lo. Além disso, essa nunca foi minha intenção. A proposta é provocar a reflexão e a discussão sobre o assunto. Quero só mais uma vez lembrar que não dá pra ficar se prendendo, se reprimindo, em virtude apenas de certas convenções morais que já perderam a lógica há algum tempo. Sexo é bom – fato; fazer é sexo é saudável? – é; achou alguém interessante, pintou a vontade? – por que não fazê-lo, então?
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010
cartas
Eu nunca escrevi cartas, sejam elas de que espécie for. Exceto, é claro, uma ou outra carta promocional (que eu não conto), eu nunca redigi uma. No principio elas nunca se fizeram necessárias, não havia porque ou pra quem mandar. Já hoje, quando enviar uma às vezes se torna justo e necessário, porque motivos há, as cartas perderam todo o sentido, caíram de moda. Constatei esse fato hoje, e disso outras coisas surgiram em mente pra complementar o pensamento (já que pensamentos nunca vêm desacompanhados de outros).
Primeiro: qual o prazer em receber uma carta? Imagino o quanto deve ser gostoso abrir com ansiedade um envelope, desamassar o conteúdo e ir degustando cada linha como quem degusta um doce de leite, ou um remédio amargo (tudo depende do conteúdo, é claro). Um e-mail, por mais “modernoso”, cômodo e rápido, que seja, não traz a mesma emoção. Falta a ele a condição física de ser apalpado, enchido de beijos ou molhado de lágrimas. Aliás, um e-mail jamais poderá ser guardado junto com outro e-mail, amarrado por uma fita de seda, naquela caixinha de madeira no fundo do baú.
Segundo: a modernidade é por vezes cruel demais com as coisas, ou mesmo conosco. Culpa nossa, sempre apressados. Culpa nossa que resolvemos dividir o dia em apenas vinte e quatro horas, sem nos darmos conta que elas não são suficientes para viver (ou são e nós é que ainda não aprendemos isso?). Não há mais tempo para nada, pelo menos não para as coisas que importam de verdade: com o intuito de racionalizar o tempo, esquecemos da parte em que ele também precisa de emoção e ai perdemos o pôr do sol, o banho de chuva, o canto dos pássaros... Mas aqui cabe uma ressalva: eu não sou contra modernidades, pelo contrário, as adoro. Sou filho do meu tempo, e convivo muito bem com ele, apesar de me sentir às vezes um tanto deslocado.
Terceiro: e por falar em tempo, como diria Caetano, ele realmente é um “dos deuses mais lindos”. Por isso eu o venero e respeito as respostas que ele me traz – mesmo que às vezes eu não as entenda. Não sei pra vocês, mas foge de mim a compreensão de certos acontecimentos, certos rumos que a vida nos leva, certos caminhos a trilhar, certas escolhas (e elas são tantas). Mas também não quero saber de todas as respostas, o bom de viver está no mistério contido em cada curva do caminho, por isso vale a pena caminhar sempre em frente.
E no mais é só... chega por hoje. De um parágrafo eu escrevi quatro e escreveria outros mais... pensamento realmente puxa pensamento. Ficam os outros para outra postagem.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
saudade...
Minha mãe sempre me disse que estava me criando paro mundo e não para ela. Ensinou-me a andar sozinho, sem sua ajuda; a pensar e agir por meios próprios; ensinou-me a lutar por meu espaço e a transformar todo sonho em metas e cumpri-las. Hoje, mais do que nunca, entendo e agradeço todo esforço e desprendimento que ela sempre teve. Não deve ser fácil para uma mãe solteira ver seu filho único crescer, se tornar independente e partir. Imagino o tanto que ela deve ter chorado e imaginado se podia ter feito diferente – se podia ter me tornado dependente dela, preso à sua saia. Mas ela não o fez, deixou-me livre com minhas escolhas e sei que tenho o apoio dela em cada decisão que tomo.
Minha mãe só não me ensinou que o mundo longe dela pode ser mais cruel e solitário do que ele parece à primeira vista. Por me amar demais ela sempre desenhou o mundo com muitas cores e esqueceu-se de me contar que ele também tem seu lado preto e branco. Acreditando em minha fortaleza, ela não imaginou que às vezes eu me dobro com os ventos e que preciso de colo e carinho. Sei que talvez eu mesmo tenha contribuído para isso tudo – no afã de ser livre, sempre mostrei a ela que era feito de aço, mas escondi dela que aço também se quebra.
Se hoje choro de saudade, ao mesmo tempo tenho imenso orgulho da mãe que tive. Se minhas escolhas me levaram hoje a estar longe dela, agradeço sempre a oportunidade que eu tive de fazer essas escolhas. Hoje, mesmo longe, mesmo sentindo falta da sua ausência física, sinto, sempre por perto, o carinho que ela emana, a preocupação, o amor. E sei que a qualquer momento eu posso voltar e o abraço estará lá me esperando.
PS: tudo que foi dito acima também se aplica à minha avó, que é minha segunda mãe.
sábado, 7 de agosto de 2010
curta-metragem
A vida nos cobra certos papéis, mas não nos dá o roteiro a ser seguido. Somos atores sem texto e sem direção... Jogados num palco, com uma imensa platéia a nos assistir, resta-nos apenas improvisar todas as cenas e fazer de cada pequeno ato, um grande espetáculo.
Nesse grande teatro de casualidades sou muitos, sou vários, sou vasto. Me desdobro entre mil e um personagens, faces múltiplas de um único ser – Eu.
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Aos 24 andei por muito mais caminho do que um dia imaginei. Meus olhos (meio míopes, por sinal) já viram de tudo um pouco. Mas ainda há muito pra percorrer, muita paisagem pra avistar... Só sei que a poeira dos acontecimentos se misturou ao suor e lágrimas e, se não me transformou em uma fortaleza, pelo menos me deixou um couro grosso, que aguenta as pancadas que o destino dá, com uma resistência ímpar. Não é qualquer vento que me derruba.
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Como diria a escritora Lya Luft, de quem eu peguei esse verso e introjetei em mim: “com as perdas só há um jeito – perdê-las”. E é verdade: não adianta nada passar o resto da vida lamentando por aquilo que se foi, pois tudo tem seu tempo certo de acontecer. É claro que nada se vai sem nenhuma dor, mas pra que ocupar os braços com “adeuses” e enxugar de lágrimas se podemos deixá-los livres e abertos esperando pelo que virá?
E no mais, são nos momentos de perdas que compreendemos o real valor das coisas que ficaram e a importância das metas que ainda temos a cumprir. E ai nos cabe escolher entre permanecer e partir, entre o passado e o presente, entre aquilo que já não é mais nosso e aquilo que nos espera em outro lugar.
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Tristeza é quando o sol se põe no coração da gente. É aquela brisa gelada antes do amanhecer. É um rio correndo ao contrário, uma chama que escurece, em vez de brilhar. É o não querer, o não ser, o não se amar. É perder-se dentro de uma sala fechada. Tristeza é aquela janela que a alma abre para dentro.
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Insegurança é exatamente a sensação de não ter onde se segurar – aquela de olhar para todos os lados e não ver uma mão estendida, um sorriso salvador. É estar sozinho no meio da multidão. Insegurança é aquela vontade de não sair do lugar, de ficar dentro do casulo, não dar um passo, mesmo quando a vida exige de nós uma maratona. Insegurança é quando o medo pinta nos sonhos um sinal de alerta, mesmo não existindo perigo algum. Insegurança é querer algo e não lutar por isso. Insegurança é não se entregar, é percorrer um pântano de olhos vendados, é andar na corda bamba, um salto de pára-quedas no escuro, um tiro ao acaso. Insegurança é a mais pura forma de covardia.
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Conquista não é um jogo – se fosse, o maior jogador seria sempre o grande perdedor. Conquista não é um ritual, não precisa de palavras e gestos ensaiados – conquista acontece com uma simples troca de olhares, um sorriso, aquele silêncio que preenche espaços. Conquista-se alguém com um afago, uma palavra dita na hora certa (ou na hora errada), um fazer, um não fazer. Conquistar alguém não é o mesmo que conquistar algo – não há uma relação de posse, um possuidor e um possuído, mas sim uma relação de troca, em que todos saem ganhando. Conquista é aquele momento em que encontramos no outro aquele pedaço de algo que nos falta – e sempre nos falta algo, todos sabemos disso e, por isso mesmo, sempre procuramos alguém pra compartilhar nossas faltas.
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Quando alguém aprende a ser feliz, dificilmente se esquecerá disso um dia. Felicidade está nos pequenos e nos grandes gestos, nas entrelinhas dos acontecimentos, num suspiro, num desejo. E não há tristeza ou sofrimento, por maior que seja, que não se apague diante de um sorriso aberto, de uma mão estendida, do aconchego de um carinho. Quem perde o porto um dia, só se sente à deriva se não souber nadar, ou se não aprendeu que sempre há um bote salvador por perto. Sorrir é sim um bom remédio, e perceber que a vida é simples demais para que a compliquemos, e curta demais para que percamos tempo com bobagens, faz um bem danado.
Por isso tudo dificilmente me verás um dia triste. Aprendi desde cedo a sorrir, a dividir, a ser racional. A amar mais do que guardar rancor, a perdoar mais do que julgar, a ser sincero, humilde, e a acreditar no próximo. Possuir sentimentos como esses não me torna um fraco, ou ingênuo, pelo contrário, me faz forte o suficiente para enfrentar todas as adversidades.
E as adversidades são muitas, mas nada que não possa ser enfrentado com um pouco de paciência e muita coragem. Nada que abrir um belo sorriso não resolva. Por isso, lembro sempre e primeiro de mim, que o mais importante é minha felicidade, e que “os outros, são os outros, e só”.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Paixão
Paixão é aquele instante em que você esquece de si e passa a pensar mais no outro. Erro fatal. Não que eu admire ou incentive atitudes individualistas, mas ser egoísta faz parte do processo de vida. Pensar mais e primeiro em si mesmo, se amar mais, se valorizar, evita muitas decepções e dores. Nunca esqueço que todas as vezes que pensei mais no outro do que em mim, só quem saiu perdendo fui eu.
Paixão é sim um vendaval, melhor, um furacão. Daqueles que passam e deixam marcas profundas. Mas como toda boa tempestade, depois dela vem sempre a bonança. É o tempo de arrumar tudo, por todas as coisas nos seus devidos lugares, tirar a poeira do sapato velho e voltar a caminhar.
Mas apaixonar-se é bom – longe de mim dizer que não é. Como toda boa droga, a experiência lúdica, a excitabilidade extrema, as descargas hormonais, os picos de emoção, tudo isso é o grande barato a se aproveitar. Só digo que, assim como as drogas, prefira não experimentar a paixão. E caso cometa o erro de experimentá-la, faça com moderação e muito cuidado para não viciar.
Ao fim, cabe só lembrar: paixão é uma puta falta de sacanagem. Tenho dito!
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Definições
ai vai ele...
o autor é o baiano, contoverso e um tanto louco (por isso, talvez, mais sábio que todos nós) Juca Chaves
Definições
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue;
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo;
Angustia é um nó muito apertado bem no meio do sossego;
Preocupação é um cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair do seu pensamento;
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha que deveria querer outra coisa;
Certeza é quando a ideia cansa de procurar e pára;
Intuição é quando o seu coração dá um pulinho no futuro e volta rapido;
Pressentimento é quando passa em você o trailler de um filme que pode ser que nem exista;
Vergonha é um pano preto que você quer para se cobrir naquela hora;
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja;
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento;
Sentimento é a lingua que o coração usa quando precisa mandar algum recado;
Raiva é quando o cachoro que é você mostra os dentes;
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração;
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma;
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros;
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas geralmente não podia;
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário;
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção esta dormindo e assume o mandato;
Vontade é o desejo que cisma que você é a casa dele;
Paixão é quando, apesar da palvara perigo, o desejo chega e entra;
Amor é quando a paixao não tem outro compromisso marcado.. não, não, não é isso... amor é um exagero... não, também não... um dilúvio, um mundaréo, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego... er... talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação... esse negócio de amor, eu não sei explicar.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
aleatório
E para todos aqueles que pescam pelos mares da vida, saibam que eu também sou um pescador. Já peguei peixe grande – dias de sorte; mas também tive meus dias de azar, em que perdi o peixe e até mesmo a linha. Peixes são mesmo animais escorregadios, tem a liberdade nas veias, não é nada fácil capturá-los. Nesses dias pensei que talvez o problema fosse o anzol inadequado ou a isca errada, mas em verdade não tinha problema nenhum, pois, parafraseando o ditado – um dia é do peixe, outro do pescador.
Por fim, caro pescador, aqui vai um conselho tirados das lições que aprendi em meus dias de pescaria: se o peixe lhe escapar, o bom é não chorar – não vale à pena. No máximo permita-se ficar triste, mas só um pouco, pois a alegria é o tempero da vida. Volte pra casa sem mágoa e já que o dia não tava pra peixe, coma carne.
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Ninguém vive de sonhos. Ninguém vive de dias que nunca aconteceram. Amores que nunca se realizaram, não enchem corações. Lábios que nunca se tocaram, são beijos não acontecidos. Propostas vêm e vão, mas nunca viveremos as que nunca foram. Vivemos o momento presente, não um futuro que imaginamos. Vivemos a realidade e esta, pode ou não ser mais cruel do que aquilo que idealizamos. Quem pinta a realidade somos nós mesmos e usamos as cores que queremos (ou possuímos) se você têm poucas matizes, poderá nunca ter um céu colorido, mas se usar a imaginação da forma correta, poderá ter o céu que quiser.
PS: Meu coração é um eterno pôr-do-sol, aqueles de dias quentes de verão. São mil tons de um vermelho vivo prenunciando uma noite mansa – leve brisa que acalma e fascina abaixo de um céu estrelado.
sábado, 10 de julho de 2010
pensamentos soltos...
As pessoas, assim como tempo, sempre passam por nós. Passam e se vão e aqui cabe a nós sermos fortes o suficiente para as deixarmos ir, sem angustia, sem ressentimento. Ou passam e ficam, nem que sejam por um tempo mínimo – cabe aqui aproveitarmos cadê instante, fazer todo o possível para que os momentos sejam os mais proveitosos e tirar de tudo uma lição que carregaremos conosco para sempre. Só não aprende nada com a vida quem não quer e é tolo aquele que acha que as coisas acontecem por mero acaso. Tudo está ai, tudo nos é dado para que possamos crescer.
Se no caminho há mágoas, choro, um pouco de dor, não se sinta envergonhado – chore o que tiver pra ser chorado, sinta doer (porque dói mesmo), mas não carregue isso para todo o sempre, faça disso tudo um breve instante. Não se fechar para as oportunidades que o mundo apresenta é a chave – toda hora acontece algo novo e se não tivermos atentos e preparados, elas passam por nós e podem nunca mais voltar.
O hoje é o tempo que importa, mas não adianta esquecer o passado, é de lá que tiramos as experiências necessárias para construir o amanhã que queremos. E se queremos muito algo, sem duvida ele acontecerá, basta que não fiquemos parados esperando ele acontecer. Nada acontece ao acaso, sem uma necessidade. E é fazendo o hoje acontecer da melhor forma possível, que alcançaremos o futuro que nos espera.
Se hoje o meu dia está nublado, tenho certeza que por trás das nuvens se esconde um sol pronto para me sorrir. Se agora estou triste, não tenho medo, ontem estava sorrindo, e daqui a pouco estarei novamente – sei disso.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
sobre soprar a poeira
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O que nos ensina a viver? As experiências da vida, os erros, os acertos, os amigos que temos, os milhões de livros de auto-ajuda que sempre dizem aquilo que já sabemos, ou será que somos pré-programados ou mesmo auto suficientes e já temos as respostas de tudo dentro de nós?
É um exercício interessante se olhar no espelho de vez em quando e se perguntar - quem é você realmente? o que há ai por dentro?
É importante também refletir sempre sobre tudo que nos acontece. Não adianta apenas fechar os olhos pra tudo que passa e fingir que nada aconteceu. As coisas vão acontecendo e a gente tem sempre que tentar ao máximo tirar proveito de todas elas. Os anos passam, a vida passa e vida a gente só tem uma. Quando a gente menos espera ela se vai. Aliás, a cada dia a vida se vai mais um pouco e quem não consegue acompanhar os caminhos que ela mostra acaba perdido num labirinto dentro de si mesmo.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
ensinamentos
terça-feira, 11 de maio de 2010
fragmentos
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Quando era guri o tempo demorava muito pra passar. Cada dia se arrastava por infinitas horas e um ano valia por muitos. Hoje, o tempo passa numa pressa tão grande, vai sem olhar para trás, tão veloz que quase não dá pra acompanhar. Um dia quando não pudermos mais acompanhá-lo, a solução mais sublime será mesmo soltar suas rédeas e, após um breve aceno, deixá-lo ir para onde queira.
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quinta-feira, 1 de abril de 2010
desejo
Quero ser feliz a todo instante, não tendo um centavo o bolso, ou tendo a conta bancária mais que superlotada. Quero ser feliz, como estou hoje, em plena forma física e bem de saúde ou mesmo que não esteja um dia. Simplesmente quero ser feliz, sorrir, mesmo quando for pra chorar, ou mesmo chorar se quiser, porque se emocionar é um presente da alma. Quero ser feliz com a simplicidade do instante ou com o mistério do universo, Feliz, só isso.
Mas felicidade nunca se tem por completo quando se está sozinho, quando não se compartilha com alguém. Por isso quero também um amor. Amor de qualquer forma: de amigo, de amante, de irmão. Amor sem fronteiras, sem escalas, sem escrúpulos, sem pudor. Quero um amor daqueles que não precise perguntar que o amo o tempo todo, mas só de olhar em seus olhos eu tenha a resposta disto. Quero um amor, pra dividir toda a felicidade que sentir.
Por isso faço somente faço esses dois pedidos. Se os terei realizado um dia eu já não sei, mas não me importo também – tudo na vida a gene pode conquistar. Basta quere e lutar, sempre!
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
verso simples
É estranho estar assim. Nos últimos tempos têm acontecido tantas coisas boas em minha vida, que poderia estar sorrindo à toa. Mas felicidade realmente é um sentimento estranho, não adianta só bons acontecimentos, é preciso algo muito maior pra ela se instalar definitivamente e por mais que eu esteja alegre, meu coração ainda aperta, minha mente ainda viaja em pensamentos e meus sentimentos são cada vez mais confusos.
Posso explicar tudo por partes...
1 – Estou feliz... isso é fato. Nunca estive num momento de tantas realizações, planos que se materializam, sonhos que acontecem. Mas felicidade é somente alcançar os objetivos? - Acredito que não. Ter o que quero, ou ser o que almejo me trazem muitas alegrias, mas falta algo, e é justamente essa ausência, esse vazio que me abraça.
2 – Estou confuso e com medo... pois realizar os objetivos impõem buscar novos. E é ai que as perguntas surgem: - o que quero mesmo para minha vida daqui pra frente? Qual o caminho a percorrer? - a estrada da direita, da esquerda ou nenhuma delas?
3 – Impaciente, indeciso... marcas registradas de um capricorniano nato. Esse mesmo que não suporta atrasos, compromissos desmarcados sem motivo prévio. Capricorniano que precisa de tudo metodicamente programado e planejado pra se sentir à vontade com a situação. Nada de planos novos, de surpresa... se é algo que eu quero, tem que ter metas milimetricamente traçadas, mesmo que depois eu tenha que pular para o plano B (que também foi pensando antecipadamente).
E assim, poderia colocar outros versos de musicas aqui também... há dezenas deles onde me encontro, onde encontro meus momentos. Dezenas de versos onde meu coração dispara, onde os pensamentos flutuam e eu preciso me agarrar ao chão pra não ser levado por eles. Mas por hoje basta apenas este, nada mais é preciso dizer quando a melodia de uma canção é mais forte que as próprias palavras e calar e ouvir é a única saída.