quinta-feira, 23 de julho de 2009

flores de plástico


Odeio flores de plástico.
De que adianta ter uma flor que nunca murcha, mas que também nunca viveu? Imagine uma flor que nunca brotou, que nunca foi regada, que nunca teve seu botão ansiosamente aguardado para ser visto aberto... De que adianta ser flor, e nunca ter sido visitada por uma abelha ou ter sido entregue em um buquê apaixonado.
Odeio flores de plástico. Elas podem até não murchar, mas acumulam uma poeira eterna de momentos não vividos. Não perecem, mas também não deixam a saudade da lembrança de um dia terem existido, ou perfumado um sonho.
O pior é que não há só flores de plástico. Tem gente que tem “vidas” de plástico e nem sabem, ou sabem e não se importam. Essas pessoas existem, até enfeitam algum canto, acumulam a mesma poeira das flores, mas viver de verdade... não, isso não é para elas.
Por isso eu odeio as flores de plástico.

3 comentários:

Nat Valarini disse...

Bom dia, Bruno!

Adorei o texto.

A forma como vocês descreveu a beleza de ser flor de verdade, de murchar e, até mesmo, de morrer... Qualidades de quem um dia sentiu a vida pulsando, pegou chuva, sol, geada... A flor que viveu intensamente, coisa que a peça de plástico nunca vai saber o que é!

Kiso

Nat Valarini disse...

P.S.: Recebi um selo no blog "Garota Pendurada" e estou repassando ao teu blog, ok?

Nat Valarini disse...

Vou deixar o link da postagem onde publiquei o selo:

http://garotapendurada.blogspot.com/2009/07/selos-premios-e-mimos.html

Kiso
=*