quinta-feira, 16 de julho de 2009


As pessoas têm medo do novo. Isso é normal, eu também tenho. Ter medo do desconhecido, do que vem é autodefesa aprendida há muito tempo e ainda entranhada em nosso DNA. Até aqui nada demais, o problema começa quando esse medo paralisa, quando deixamos de fazer coisas que deveríamos fazer, quando nos acomodamos, quando nem apenas tentamos.
Viver em si é transformar-se, é sempre ser novo. Não nascemos prontos e a cada vez que aprendemos algo diferente, mudamos, para melhor ou pior, mas mudamos. Ninguém perde sua essência ao mudar, continuamos da mesma forma, mas ao mesmo tempo diferente. É como a filosofia dos mestres antigos: o rio que passa é um rio novo a cada momento e a cada vez que entramos nele, somos novos também, mas em si é o mesmo rio e somos ainda os mesmos.
É loucura pensar assim, eu sei. Escrever, então, deve ser uma heresia. Mas estamos precisando ser mais loucos e menos sérios. Precisamos ser mais artistas e menos cientistas. Precisamos pintar o mundo com as nossas cores, acabar com esse cinza que suja tudo e que nos turva a vista. É preciso amar, sonhar e ser utópico. São com sonhos e utopias que mudamos a realidade. Ah! E com amor também. – então: amemos.

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