segunda-feira, 20 de setembro de 2010

sobre sexo, religião e outras coisas...

Me veio hoje na cabeça falar sobre sexo. Não, não vou escrever um conto erótico, nem abrir meu diário com minhas peripécias sexuais, vou apenas expor alguns pensamentos que tenho sobre essa palavrinha especial do nosso dicionário.

Primeiro, como não poderia deixar de dizer, sexo ainda é um enorme tabu em nossa sociedade. Afirmar isso é clichê? – é sim... mas é a mais pura verdade. Mesmo hoje, como toda tecnologia e acesso à informação, ainda nos comportamos em relação ao sexo como garotinhas da idade média, cheias de pavor e pudor. As religiões e os costumes sociais conseguiram realmente transformar um momento tão divertido em algo sujo, que deve ser evitado, procrastinado, em alguns casos ate mesmo considerado imoral ou ilegal (dependendo da forma como praticado).

As religiões, em sua maioria, trazem ensinamentos em que o prazer é considerado um mal. Ensinam que devemos passar toda a vida em constrição e expiação porque temos um pecado original e eterno a nos condenar. Nós não cometemos esse pecado, mas devemos pagar por ele, vivendo sob o jugo de pesadas leis morais e, ao final, quem sabe um dia ganhemos a vida eterna e ai poderemos, quem sabe também, viver felizes e em paz. Pura especulação, pura teoria, puro “blá-blá-blá”.

O que eu sei é que somos humanos e, independente de qual religião você segue, ou que crença você tenha, pare e reflita: - haverá algum tipo de vida depois dessa? - Se você tiver um mínimo de incerteza ao responder essa pergunta, então você sabe do que eu estou falando. Se não sabe ainda, aqui eu explico: eu estou falando de aproveitar essa vida da melhor forma possível e transar está incluído nesse proveito.

Não estou aqui fazendo criticas vazias às religiões. Sou católico, acredito em Deus. Só não acredito nesse Deus malvado e vingativo que a igreja prega – um Deus ilógico. Deus é, pra mim, acima de tudo lógico e racional. Dessa forma, reflitam junto comigo novamente: somos uma das poucas espécies animais que fazem sexo por prazer e não somente para fins reprodutivos – então, se Deus nos fez assim, por que desperdiçar esse dom que ele nos deu? Duvido muito que ele nos tenha dado essa capacidade e ela deva ser desperdiçada somente por convenções morais.

Por outro lado, também não prego uma busca desenfreada pelo prazer. Nem toda forma de prazer é valida e essa regra vale tanto para o sexo quanto para tudo na vida. Prazer, seja ele sexual ou o que for, deve ser algo que nos traga algum bem, mas que também não nos destrua junto, ou destrua o próximo. Por isso excluo daqui o uso de drogas e todos os tipos de perversões sexuais.

Voltando ao tema central do texto, algumas pessoas têm a mania de ligar o sexo ao amor, são as que batem no peito e dizem que não fazem sexo só por fazer, que é preciso haver um algo mais. Para mim, são duas coisas bem diferentes. Concordo que em partes eles possuem alguma ligação, mas só em parte. Concordo também que transar dentro de uma relação, ou gostando de alguém tem todo um significado especial. Porém há pessoas que eu amo profundamente, as quero ao meu lado para todo o sempre, mas não possuo nenhum desejo sexual por elas e, por outro lado, há pessoas que não tenho sentimento algum, mas que só de ver já bate um tesão enorme. Por isso sou um defensor do sexo casual... Acredito no amor, nos relacionamentos, na monogamia, mas também acredito no sexo sem compromisso, nas “rapidinhas” por ai.

Enfim, poderia passar um dia todo escrevendo sobre esse tema e eu não conseguiria esgotá-lo. Além disso, essa nunca foi minha intenção. A proposta é provocar a reflexão e a discussão sobre o assunto. Quero só mais uma vez lembrar que não dá pra ficar se prendendo, se reprimindo, em virtude apenas de certas convenções morais que já perderam a lógica há algum tempo. Sexo é bom – fato; fazer é sexo é saudável? – é; achou alguém interessante, pintou a vontade? – por que não fazê-lo, então?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

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É preciso percorrer certos caminhos para algumas coisas fazerem sentido. A vida, por exemplo, exige movimento constante – quem fica parado é engolido pelos acontecimentos e simplesmente se perde, fica para trás. É preciso sempre estar um passo adiante, por isso não adianta parar por muito tempo se lamentando pelas perdas – elas sempre vão existir independentes de nossa vontade, cabe a nós somente dar adeus ao que se vai.
                É claro que aquilo que nos é caro nunca vai sem nenhuma dor. Sentimentos existem para isso, para podermos externar tudo aqui que a alma sente. Se chorar for preciso, que choremos, então, não somos máquinas, somos humanos e podemos nos permitir. E no mais, se é para lembrar-se de algo que ficou pelo caminho, lembre-se sempre das coisas boas que esse “algo” lhe proporcionou – mesmo que seja apenas uma lição, verás sempre que um simples e belo sorriso acalma mais o coração do que muitas lágrimas derramadas.
                Por isso, aqui vai o meu conselho de hoje, tirado das minhas anotações, de tudo aquilo que venho aprendendo nesses curtos 24 anos: vamos sorrir mais, amar mais, chorar um pouquinho, mas só um pouquinho; vamos deixar as neuras de lado, abandonar os preconceitos pelo caminho; vamos limpar o coração de todo ódio, de todas as mágoas, abrir espaço nele para tudo de novo que surge; vamos nos doar mais as outros, ouvir mais, aprender, crescer e ser feliz. Felicidade é o que importa, hoje e sempre – pensem.